DIA 61: Furar o balão da reputação

domingo, julho 08, 2012 0 Comments A+ a-


Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que os julgamentos da minha mente são reais, ou seja, que são quem eu realmente sou . EU apercebo-me que me habituei a criar e alimentar julgamentos sobre mim (normalmente baseados na polaridade superioridade vs inferioridade) e que acredito não saber existir fora destas personagens.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar nos julgamentos que tenho de mim própria quando vejo os meus vídeos.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido estar separada de mim mesma e por isso acreditar não ter poder para realmente dar direção a mim própria a cada momento.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido desvalorizar enquanto vida e desrespeitar-me cada vez que permito ter um julgamento sobre mim e alimentar este pensamento.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido habituar-me a delinear e limitar-me com base nas personagens que eu penso ser e que tenho de existir de acordo com estas ideias (ou as chamadas reputações).

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que estas personagens são baseadas em memórias e em padrões que em nada beneficiam o meu processo de criação que é estar aqui a Viver.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido dar azo a personalidades com base nas ideias que eu penso que as outras pessoas têm de mim - eu apercebo-me que este é o ciclo da mente em que eu acredito num julgamento e o projecto nos outros, sendo que eu sou a única responsável por criar o julgamento em primeiro lugar e por isso "viver" esta personagem. Logo:

Quando e assim que eu me vejo a associar um julgamento à minha ação, eu páro e respiro. Ao estabilizar-me em mim, eu vivo a decisão de ser honesta comigo própria e parar todos os julgamentos que são de facto as limitações da mente.
Eu comprometo-me a recriar-me em honestidade com a Vida que eu sou e para isso eu limpo-me dos padrões da mente.

Quando e assim que eu me apercebo de um julgamento sobre mim própria, eu páro, eu respiro e eu perdoo-me sobre esse julgamento em voz alta. Eu pronuncio também a aplicação prática da minha correção e assim eu re-escrevo o guião da minha vida.

Quando e assim que eu me vejo a julgar-me com base em memórias de eventos ou de imagens de mim própria, eu páro e respiro. Eu realizo que qualquer acção baseada em memória é de facto uma armadilha pois estarei sempre a cair na mesma situação e alimentar a falta de confiança em mim no meu processo de aperfeiçoamento. Assim, eu estabeleço uma comunicação clara e concisa comigo própria de modo a viver claramente a minha decisão de me recriar um e igual à vida e à existência.

Quando e assim que eu me vejo a ter uma memória, eu páro e respiro. Eu dedico-me a estar ciente do automatismo da mente e assim ver as origens dos padrões da minha mente. Ao ver a memória, eu dedico-me a perdoar as emoções e/ou sentimentos que surgem em mim e aos quais eu m tenho prendido. Eu estou ciente que cada memória corresponde a uma personalidade alimentada ao longo do tempo.

Quando e assim que eu vejo outras pessoas a julgarem-me, eu páro e respiro e não me permito levar as palavras pessoalmente. Eu apercebo-me que qualquer julgamento que eu aceito em mim sou eu a única responsável por aceitar o julgamento! Eu apercebo-me também que os julgamentos são uma projecção de cada um e que, ao estar  num ponto de igualdade com o outro, eu sou capaz de me colocar na sua posição e entender a origem do julgamento sem qualquer reação. Assim, eu direciono o momento para que o resultado seja o melhor para todos, sem participar na competição/luta da mente/ego.

Quando e assim que eu me vejo definir pelas ideias e personalidade que eu/os outros tenho/têm de mim, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que estas personalidades são uma resposta ao medo de perder uma posição ou estatuto  e portanto em completa desonestidade própria. Logo, eu comprometo-me a recriar-me em honestidade própria quando estou sozinha e/ou com os outros, sem querer defender um estatuto/personalidade que não é real e que só alimenta camadas de superficialidade em mim e na minha relação com os outros.

Eu apercebo-me que neste processo eu estou a recriar as minhas relações, desta vez em igualdade e honestidade própria.