DIA 163: Entretida com as desonestidades dos outros...

sexta-feira, janeiro 25, 2013 0 Comments A+ a-


Aquilo que julgo nos outros é um espelho daquilo que eu julgo em mim.
Este estado de "cansaço de ver e ser padrões" é um indicador de instabilidade própria que eu mesma estou a criar em mim.

  • Porque é que me afecto com os padrões que eu vejo nas pessoas à minha volta?
  • Porque é que eu procuro ver soluções para os padrões dos outros e não para os meus?
  • Porque é que a minha estabilidade de auto-direção e a minha aplicação não são uma constate?

Ainda dou por mim a acreditar neste jogo da mente e a sentir vergonha "do outro", quando em honestidade própria apercebo-me que é de mim que tenho vergonha, que é a imagem de mim que julgo, e que é assim que me estou a massacrar e a criar separação.  No meio da informação constante e da agitação de um dia-a-dia citadino acabo por muitas vezes me distrair do meu processo e passo para o lado da mente, que funciona como um olho que tudo quer saber e que tudo julga! A outra coisa que me tenho apercebido é que eu crio separação com as pessoas à minha volta porque existo em separação comigo própria, a começar pelos julgamentos próprios, pelas ideias que projecto nos outros, pela minha ideia de como as coisas devem ser e pela imagem que eu desejo projectar para os outros.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ser afectada e influenciada pelos padrões que eu vejo à minha volta e acabar por comprometer a minha vida ao querer intervir e resolver o problema do outro.

 Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que ocupar-me com os pontos dos outros é uma forma de não olhar para mim e portanto manter-me entretida com a vida dos outros, enquanto que aquilo que eu posso e devo mudar (- eu!) não o faço.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido focar-me nos meus padrões da mesma maneira que analiso e vejo os padrões nos outros.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver a solução para os meus padrões e permitir-me Ser essa solução, ao direcionar-me em honestidade própria e realmente aplicar-me a mudar os padrões em mim a cada momento.
  
Eu comprometo-me a dedicar a minha atenção a resolver os padrões em que eu tenho participado. Por experiência própria (e ao ver o estado do mundo) eu apercebo-me que estes padrões não são o melhor para mim e não me permitem ser/criar-me em estabilidade.

Eu dedico-me a escrever, a analisar e a questionar-me sobre cada ponto que identifico como desonesto, e comprometo-me a aplicar as minhas realizações na prática. Quando e assim que eu vejo um padrão a manifestar-se na minha realidade, eu páro e respiro. Nesse momento, eu apercebo-me que tenho as "ferramentas" para me direcionar e não me permitir ser dis-traida pela mente.

Quando e assim que eu me vejo entretida a pensar nos padrões das outras pessoas, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que se eu vejo o padrão é porque esse mesmo padrão existe em mim! Logo, eu dedico-me a analisar e a ver onde é que eu estou a participar nessa personalidade e ajudo-me a ver como é que eu posso mudar esse ponto em mim de modo a tornar-me numa melhor versão de mim própria.

Realizo também que a melhor maneira (ou a única) de ajudar os outros é a ser a mudança e a viver como um exemplo de VIDA (honestidade própria) para mim mesma no meu dia-a-dia. Vejo também que para me mudar tenho primeiro de saber aquilo que tenho de mudar - para isso, parar e respirar é uma ótima ajuda para parar o rodopio da mente e dar-me espaço para ver aquilo que eu estou a fazer a mim própria. Estar ciente do meu processo, estar ciente das minhas desonestidades próprias e estar ciente da minha mente é essencial para perceber aquilo e COMO é que eu posso mudar.
A honestidade própria  é trabalhada e praticada. Quanto mais eu escrevo, quando mais eu leio sobrehonestidade própria e quanto mais eu me dedico ao processo, mais fácil é direcionar-me, expandir-me e muDar-me.


Ilustração: “When Can I Just Relax” – An Artists Journey To Life: Day 228
http://anartistsjourneytolife.wordpress.com/2012/12/29/when-can-i-just-relax-an-artists-journey-to-life-day-228/