DIA 162: A mudança é uma atitude física, hurrey!

terça-feira, janeiro 22, 2013 0 Comments A+ a-


Hoje tive um daqueles momentos em que tomei e vivi a decisão física de mudar um padrão for real. Ao mesmo tempo, o facto de estar a escrever este blog hoje é um sinal de direção própria e de viver o compromisso de recomeçar a cada momento aqui - parar, dar tempo a mim própria e escrever, mesmo quando tenho a casa cheia!
Em relação ao primeiro ponto, não lhe posso chamar um momento de "sucesso" porque este é um processo no qual a eficácia se baseia na minha consistência, no entanto, foi um indicador que vale a pena investigar um ponto em mim e dar-me a oportunidade de "tirar o hábito". Comecei o dia a escrever - primeiro sobre a camada mais superficial de pensamentos e, ao "escavar" mais fundo, fui parar a uma série de realizações - a escrita tornou-se fluente e o perdão próprio foi óbvio. Nesse momento apercebi-me que o meu processo é incondicional ao lugar onde eu estou, àquilo que eu faço ou com quem eu estou. O mais curioso é que ao escrever sobre os pontos que me estavam a ocupar a mente esta manhã, outros pontos vieram ao de cima, como se os tivesse desbloqueado e me permitido tomar responsabilidade pela minha mudança.

A mudança de atitude foi óbvia e apercebi-me do meu poder de criar/mudar a minha realidade. Não vou referir aqui qual foi a ação específica porque trata-se de um padrão - o padrão da zona de conforto. Aquilo que eu vejo ter sido essencial para ver a solução foi o facto de ter desacelerado a mente e ter-me dado o benefício da dúvida de agir de maneira diferente daquela que tenho agido até agora. Não houve um desejo energético, mas foi antes o meu movimento físico (caminhar passo a passo) a criar as condições para que a ação se realizasse, em vez de pensar sobre o assunto!

Apercebo-me que é neste estado de cientização que me quero permitir estar e ser - ciente da mente, mas fora da mente. Um e igual com o meu processo, um e igual com o mundo e pessoas à minha volta, um e igual com o meu corpo e movimento físico, em plena direção própria.
Partilho neste blog partes da minha escrita matinal que foram extremamente reveladores e que serviram de plataforma para passar à ação física.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar na resistência que surge enquanto eu escrevo, baseada na ideia de "isto não é relevante", quando afinal eu estou a escrever para mim e só eu sei o que se passa na minha mente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido evitar questionar-me sobre aquilo que eu penso, sobre aquilo que eu digo, sobre a maneira como eu falo, sobre a minha tonalidade, sobre o Porquê de reagir a certas coisas ou a certas pessoas.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido alimentar o papel de apreciar "os outros" sem ver que sou eu quem está a alimentar estes papéis em total interesse-próprio porque estou a usar a ideia que "tenho de agradar os outros" como uma capa e justificação que me mantém presa ao ao medo de mudar. Por trás do medo de mudar, vejo que está o medo de sair da zona de conforto/defesa porque isso implica sair da personalidade de medo.

Apercebo-me que a minha honestidade própria é ser honesta com os outros, e que a minha desonestidade própria é ser desonesta com os outros. Nisto, eu apercebo-me que tudo aquilo que se passa à minha volta é um indicador daquilo que eu Eu permito e aceito ser cúmplice, quer sejam as relações, reações, frustações, sistemas da sociedade, etc. e que a mudança da realidade à minha volta depende da mudança da minha relação comigo e com as coisas à minha volta.

Quando e assim que eu me vejo a entrar nas imagens e pensamentos de antecipação da minha mente, eu páro e respiro.
Quando e assim que eu me vejo a acreditar nas emoções que eu sinto, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que depende sempre de mim criar a minha estabilidade e para isso Parar o programa automático da mente. Eu apercebo-me que em direção própria eu sou muito mais do que a minha mente - eu apercebo-me de coisas que não eram visíveis antes e que sou capaz de transcender a sensação de vitima e impotência.

Quando e assim que eu me vejo a ter resistência para aplicar aquilo que eu realizo, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que estou a sabotar a minha própria vida porque a informação está aqui e eu estou a evitar aplicá-la na minha Vida! Não é este um padrão familiar no nosso mundo, em que sabemos aquilo que tem de ser feito mas continuamos a brincar às personagens e a viver papéis para encaixar na sociedade?