DIA 158: Dar prioridade à vida que sou

sábado, janeiro 05, 2013 0 Comments A+ a-


"Passamos mais tempo a pensar naquilo que os outros pensam em vez de vermos aquilo que nós próprios pensamos", excerto da entrevista Life Review sobre as prioridades da nossa vida.

Como dar direção aos julgamentos que pairam na minha mente? Apercebo-me que há um leque de julgamentos próprios que eu teimo em acreditar serem eu - vejo que estes pensamentos mostram aquilo que eu tenho permitido e aceite como sendo eu, mas que até agora não me têm ajudado - antes pelo contrário, as coisas só se complicam e acumulam. Até eu parar. E hoje decidi questionar-me, dar-me esta oportunidade de dar direção aos pensamentos e aperceber-me que não me posso permitir desperdiçar o meu tempo a "reviver" padrões da mente. Eu tenho-me a mim aqui e sou responsável por ser eu aqui como Vida, na prática - Parar a mente, respirar e enfrentar qualquer resistência a mudar-me.

Mas quem é que afinal eu sou sem estes julgamentos? Quem é que eu sou sem as relações que eu tenho estabelecido comigo e com as coisas à minha volta? Como é que eu tenho existido sob tal influência da mente sem me aperceber que me tenho limitado a mim própria?

Estou a aprender a ajudar-me neste processo. O mais interessante de tudo é ver que eu sou capaz de andar através deste processo de auto-conhecimento e de enfrentar a minha mente por mim. Até agora tenho feito exactamente o contrário: tenho passado a maior parte do meu tempo nas relações da mente, nas preocupações da mente e nos desejos da mente. Ou seja, as relações que eu criei com as pessoas e eventos à minha volta são um reflexo da relação que eu criei comigo própria, um e igual, por dentro e por fora. Em vez de dar prioridade à vida em mim/nos outros, tenho dado prioridade à minha mente e à mente dos outros. Nisto apercebo-me do desperdício de tempo e da falta de respeito-próprio quando eu acredito mais na mente do que em mim aqui, e esta desigualdade é desonesta comigo enquanto vida. 
Curiosamente, até há pouco tempo julgava que cuidar de mim era um acto egoísta, no entanto vejo que afinal manter-me nos padrões de pensamentos/comportamento é baseado em total interesse-próprio, porque é baseado em medo, em conforto mental e na crença que é um destino/personalidade que me foi "dado". Agora percebo o que se quer dizer com o "until this is dONE" ou seja, vou caminhar este processo até resolver em mim cada um dos pontos/preocupações/padrões que eu permiti tornar-me, até eu tornar-me um e igual com a Vida que  (potencialmente) sou.