DIA 112: A teimosia é cega até ver em honestidade própria

sexta-feira, setembro 28, 2012 0 Comments A+ a-


A única coisa que eu via era a minha realização pessoal de acordo com a imagem associada à 'realização pessoal' - ou seja, se tal imagem de mim a finalizar aquilo que eu estava a fazer não se recriasse, seria uma desilusão, tal e qual uma aposta perdida. No entanto, o ponto de partida do "desejo de acabar o que estava a fazer" consumiu-me de tal maneira que desleixei a minha estabilidade física - era já de madrugada e o meu corpo estava cansado. A explosão da mente deu-se quando o João esclareceu que aquilo que eu estava a fazer não ia ter qualquer diferença - nem em mim nem nos outros e que fazer coisas à pressa não funciona. Nesse momento, a energia acumulada foi lançada como um escudo para me proteger deste estado de vítima. Mais cedo ou mais tarde iria ter de enfrentar este ponto: uma manifestação do ego escondido no desejo de ser reconhecida por agradar os outros independentemente da minha honestidade própria. Neste caso, estava a  considerar a imagem do produto final como uma justificação para o cansaço físico REAL, como se a dor valesse a pena quando a recompensa é grande - isto também tem o nome de ganância cega!

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido descuidar o meu corpo e descanso físicos ao seguir as exigências da mente que eu imponho para mim própria.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido alimentar a reação contra o João em vez de viver a minha decisão de me ajudar a auto-corrigir, um e igual ao João
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido aplicar a respiração e estabilidade pessoal no momento em que o padrão da reação se manifesta, o que é um indicador que eu ainda não me estou a permitir viver/aplicar a minha auto-correção e estabilidade incondicionalmente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na energia da sensação de ofensa quando o João me disse que eu me estava a prejudicar por não dar descanso ao meu corpo. Eu apercebo-me que esta repulsa em relação ao João é um indicador "positivo" que estou a tocar num ponto/resistência que ainda não estou plenamente ciente e por tanto tenho a oportunidade de, através do João, trazer o ponto para mim e me dedicar à auto-correção.

Apercebo-me que ao entrar no modo de reação com o João, estamos ambos a participar na energia da mente de conflito e fecharmo-nos nas nossas mentes, e que no lugar de nos expandirmos enquanto expressão de Vida, estamos a limitarmo-nos à sobrevivência da mente e a matarmos o nosso potencial de nos tornarmos Vida aqui.

Quando e assim que eu me vejo a recusar ouvir o que o João me está a dizer , eu páro esta resistência da mente e respiro. Eu permito-me ficar aqui, ciente do meu processo e autocorreção, e ser eficaz em tomar responsabilidade por mim em parar a resistência de ouvir o João e ver para além da cegueira da teimosia! Eu realizo que estou perante um ponto que merece a minha atenção porque se trata de mim e que tenho a oportunidade de auto-investigar para mudar no momento em que vejo a reação a crescer em mim.
Quando e assim que eu me vejo a participar na acumulação da reação, eu páro e respiro. Em senso comum eu sei que as reações nunca trouxeram nada de benéfico para mim nem para os outros. Por isso comprometo-me a dar espaço à comunicação estável e a tomar o conselho dos outros como uma auto-ajuda daquilo que eu não me estou a permitir ver. Eu apercebo-me que estamos juntos exactamente para nos auto-ajudarmos nos nossos processos individuais - caminhamos lado a lado, na direção do auto-aperfeiçoamento em unidade e igualdade. Da mesma maneira, quando e assim que eu vejo que o João está a evitar ouvir-me, eu páro, respiro e comunico o padrão que eu vejo de modo aplicarmos a correção a partir de agora.

Quando e assim que eu me vejo fixada numa imagem da mente de como as coisas têm de ser, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que esta auto-limitação não é benéfica porque despreza o meu corpo físico e os passos envolvidos em toda a ação. 

Eu comprometo-me a tomar responsabilidade pelos passos das minhas ações para garantir que estou a considerar o tempo real da minha ação e a não querer fazer mais do que aquilo que eu consigo fazer neste momento.

Eu comprometo-me a estar ciente da minha respiração quando os outros falam comigo e assim não me permitir participar na personalidade de "sentir-me ofendida" como se tivesse de provar que estou em controlo - na realidade, a teimosia é uma forma de controlo e superioridade em relação aos outros.

Eu comprometo-me a ultrapassar a resistência de ouvir o outro em total estabilidade.

Eu comprometo-me a parar o controlo da mente (imagens) sobre o meu corpo físico (ação) e, através da minha presença, ver em senso comum a possibilidade de concluir determinada ação.  Dedico-me a ser responsável pela minha presença e a garantir que o meu ponto de partida da minha ação é a direção própria em vez dos estímulos externos (elogios, reconhecimento).  Eu apercebo-me que é limitador e enganador acreditar nas imagens da mente. Dou-me então a oportunidade de auto-corrigir a cada ação e assim garantir que a minha ação está em concordância com a aplicação do mEU processo de auto-desenvolvimento e auto-aperfeiçoamento.