DIA 126: Passos a tomar perante uma reação eminente

quarta-feira, outubro 31, 2012 0 Comments A+ a-


Há um conjunto de passos que devem ser tomados para evitar que a reação da mente tome conta de nós e crie ruptura/arrependimento e desistência projectado no mundo à nossa volta.

Passo 1: Páro a mente (imagens, pensamentos, conversas internas)
Passo 2: Inspiro 1...2...3...4...
Passo 3: Sustenho a respiração 1...2...3...4
Passo 4: Expiro 1...2....3....4
Passo 5: Auto-analiso e realizo a origem da reação
Passo 6: Perdoo cada imagem, pensamento e conversas da mente
Passo 7: Confio a mim própria a capacidade de mudar a partir de agora

Foram exactamente estes os passos que me faltaram: era como se tivesse um nó na garganta e a única coisa que me passava pela mente eram frases de ruptura, sem paciência para continuar o processo nem para continuar o casamento. Durante uns minutos, o meu alvo era aquilo que realmente representa estabilidade e mudança - e permiti que os pontos não resolvidos em mim tomassem conta do "meu mundo". O outro sinal de reação foi a culpabilização dos outros por aquilo que eu sentia - sem ver que eu sou responsável por tudo aquilo que eu me permito sentir. E finalmente, a chicotada da reação foi a resistência a mudar fisicamente - nem conseguia abraçar o João, como se a mente fosse uma barreira física invisível.
Estou a ter dificuldade em descrever o que senti - mas posso dizer que não era bonito. Era como se estivesse a agredir-me com cada pensamento e não tivesse força para pará-los e aceitásse a vitimização. Deitei-me na cama e acalmei. Recordei-me que tinha de resolver este ponto agora, ou teria de passar por isto outra vez. Então trouxe o ponto para mim própria e perguntei-me: Porque é que reagi àquilo que o Joao medisse? De onde é que vem esta irritação? A quem é que eu associo esta situação? Que medo é que existe em mim? E rapidamente me apercebi da origem desta projecção. Afinal a reação não tinha nada a ver com o João. Tudo ficou mais claro. Durante esta reunião comigo própria realizei que este era o medo de me tornar aquilo que eu não queria, nomeadamente o medo de me tornar irritante, chata e inútil - aspectos que eu associo a casais e à minha própria experiência em relação à minha mãe.

Para aqueles que estão a ler isto, investiguem as reações e irão ver que têm sempre a ver connosco próprios. Neste caso, o problema estava nos meus julgamentos próprios e que eu odeio - ou seja, estava a projectar ódio à minha volta porque essa é a realidade que eu tenho permitido em mim. Estava a reagir às palavras porque tomei-as como uma ofensa e esta ecoou no meu medo de me tornar chata e irritante. A resistência a abraçar o João era a resistência a ABRAÇAR-ME. A resistência a ver isto era a resistência a mudar porque, ao ver esta relação comigo própria, é claro que terei de mudar! Quem é que quer odiar-se a vida toda?

A solução está em mim e eu andei este tempo todo a ignorar-me como VIDA, ou seja, a ignorar a minha capacidade de renascer a cada inspiração, de realizar a minha decisão de me dar vida enquanto sustenho a respiração - e de me permitir largar o passado a cada expiração... E recriar-me como nova a cada inspiração...