DIA 117: Bipolaridade, Esquizofrenia e Obcessão PARTE 2

quinta-feira, outubro 11, 2012 0 Comments A+ a-

                         
Pergunto-me: Quem sou eu sem estas ideias da mente? Quem sou eu sem medo? Quem somos nós enquanto Humanidade sem a energia do conflito? Quem somos nós enquanto Humanidade sem Deus ou vozes da mente? Quem somos nós em total auto-responsabilidade para resolvermos a confusão das nossas mentes?

Ao realizar aquilo que tenho andado a permitir em mim própria, chega o momento de tomar a decisão de se recomeçar, desta vez com um ponto de partida que não é o da polaridade da mente. Escrevo então as frases de auto-correção, como um acordo que faço comigo própria para parar de continuar a recriar as mesmas situações descritas anteriormente.
Nota: se achares que estas frases são repetitivas, aconselho a que se páre esse julgamento e se continue a escrever/ler. Vejamos: as nossas memórias também são repetitivas, os nossos medos, as imagens, os padrões de pensamento - ou seja, o processo de se viver em auto-correção para o melhor de nós próprios vai levar a mesma dedicação e tempo que nos levou a criar estas ideias sobre nós próprios.

Quando e assim que eu me apercebo que estou a criar e a acreditar na ideia que se eu não fazer "qualquer coisa", alguma coisa de mal vai acontecer a mim ou a alguém da minha família, eu páro e respiro. Através desta ideia eu consigo o que é que eu de facto temo e, em vez de continuar a esconder os medos de mim, eu dedico-me a enfrentá-los,a parar o medo e a garantir que a minha ação não é controlada pelas ideias da mente.

Quando e assim que eu me vejo a acreditar que há alguém que me quer fazer mal, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que primeiramente sou eu que estou a auto-destruir-me ao criar ansiedade e medo dentro de mim.
Quando e assim que eu me vejo a auto-punir-me com base em julgamentos sobre o meu passado, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que os julgamentos da mente são sempre contra mim e contra os outros, logo não me posso permitir que os julgamentos decidam por mim. Eu vejo que a mente funciona como uma realidade paralela e através da qual eu me isolo dos outros, em vez de me aperceber que passamos todos por semelhantes situações porque todos temos uma mente para lidar. Logo, eu comprometo-me a estar um e igual com cada ser, e ao ajudar-me a mim própria a resolver os meus padrões da mente, estou a parar de participar no meu conflito (energia da mente) com os outros.

Quando e assim que eu me vejo a projectar em algo ou alguém o meu medo, que ultimamente trata-se do medo da morte, eu páro e respiro. Eu dedico-me a parar de projectar nos outros os pontos que eu tenho de resolver em mim, pois em honestidade própria eu tenho visto que são ciclos e que os mesmos padrões se têm manifestado ao longo da minha "vida" com pessoas e em cenários diferentes.

Quando e assim que eu me vejo a punir-me com escolhas, ou seja a pensar que alguma coisa de errado vai acontecer se eu for por um caminho diferente, eu páro e respiro. Apercebo-me que esta necessidade de controlar tudo e todos não é real e que só existe como um conforto ilusório na minha mente. Eu apercebo-me que o conforto da mente é irrelevante. Eu comprometo-me a garantir que estou fisicamente PRESENTE, atenta a mim própria no momento em que eu estou, ciente da minha ação egarantir que a minha ação é baseada em senso comum daquilo que faz sentido fazer e não baseado em desejos/ideias/medo da mente.

Quando e assim que eu dou por mim a acreditar na força de Deus, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que eu permiti estes pensamentos durante tanto tempo que acabei por me tornar neles. Comprometo-me então a tomar responsabilidade por mim nesta vida, e assim a parar de participar na dependência da mente de acreditar que estou protegida por um Deus injusto que protege uns e ignora outros.

Quando e assim que eu me vejo estar a fazer mal a mim própria ao criar instabilidade e ansiedade em mim, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que só permito a ideia que os outros me possam fazer mal porque eu própria trato-me mal ao desrespeitar a vida que eu sou. Logo, eu comprometo-me a parar o julgamento que não sou digna de ser Vida ou a estar estável ou a ser capaz de mudar - é da minha responsabilidade parar qualquer polaridade em mim, quer seja a excitação VS depressão, estar bem comigo própria VS estar mal comigo própria, orgulho VS punição. Ao parar a mente, estou a mudar.

Quando e assim que eu me vejo a imaginar a empurrar alguém na rua ou a magoar alguém, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que esta curiosidade de ver acidentes é baseada em imagens e no tabu de que desde pequenina quando haviam acidentes criava ideias baseada nas descrições que ouvia. Eu apercebo-me que estas imagens foram criadas na minha mente e que eu sou responsável por limpar a minha mente e parar de projectá-las no mundo. Ao estar um e igual com a outra pessoa,eu comprometo-me a parar de criar acidentes à minha volta e comprometo-me a não fazer nada que vai contra a nossa igualdade enquanto vida aqui.

Ao re-alinhar-me com a Vida que sou em honestidade própria e ao parar de permitir o abuso psicológico e físico resultante da participação na mente, em senso comum eu estou ciente que não farei a mim própria aquilo que não quero que me façam e não farei aos outros aquilo que não faço a mim própria!