DIA 120: Esquecer-se dos outros é puro interesse próprio

sábado, outubro 20, 2012 0 Comments A+ a-



Já alguma vez te aconteceu planeares uma coisa com um amigo e durante o dia pensares nisso, dares todos os passos para fazer o evento acontecer e, de repente, começas a pensar noutras coisas e a fazer outras coisas até que te apercebes que te esqueces-te do teu plano inicial?

Às vezes ajuda pôr nomes às coisas e hoje dei a este fenómeno o nome de interesse-próprio. Ao estar distraída com a minha vida, acabei por ignorar a vida dos outros e desprezar a realidade dos outros, sem fazer um esforço por viver o compromisso de estar ciente de mim e das minhas ações. Esta foi a prova viva que viver na mente é ignorar a Vida; estar focada na minha mente é puro interesse-próprio.


Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na obcessão da mente e acreditar que neste momento só os problemas da minha mente interessam.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido tomar a decisão de ver as preocupações da minha mente, escrever, percebera origem e permitir-me parar de pensar nisso.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido estar atenta à minha presença neste espaço temporal e assim ter noção do tempo a cada respiração.
EU perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que tenho de falar sobre o meu problema e assim exigir a atenção dos outros como uma necessidade, quando na realidade eu tenho de resolver o problema em mim, através do perdão-próprio e do meu empenho em avançar no meu processo de honestidade própria.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido deliberadamente distraído do tempo com base na ideia que  sou uma vítima e que mereço um "desconto".

Eu comprometo-me a ser constante no meu compromisso de viver as palavras e auto-correção que me apercebo durante o meu processo de escrita e de introspeção.

Quando e assim que eu me vejo a pensar muito numa coisa como se esta fosse a única coisa a tratar neste mundo,eu páro e respiro. Eu apercebo-me que "este mundo" que eu acredito ser real é de facto a mente e que aquilo que eu interpreto à minha volta é um reflexo da mente que eu tenho de limpar em mim.

Quando e assim que eu me vejo a querer fazer muitas coisas ao mesmo tempo em vez de me focar naquilo que combinei com a outra pessoa, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que estas distrações têm que ver com pontos que eu tenho mesmo de ver em mim e resolver que até agora eu tenho evitado ver. Vejo que a minha "vontade" de fazer as coisas varia ao longo do dia e que esta é uma forma de auto-sabotagem porque significa que não estou estável incondicionalmente comigo e com os outros. Eu comprometo-me a trabalhar a minha assertividade comigo e com os outros de modo a parar o interesse-próprio e a conseguir ver para além daquilo que a mente vê.

Quando e assim que eu me vejo a começar a interromper aquilo que eu havia pensado fazer à hora do meu encontro, eu páro e respiro. Eu permito-me parar a mente de pensamentos para me dedicar à minha direção e decisão de completar a minha tarefa e de trabalhar estas resistências a ser constante comigo própria e nas minhas ações.