DIA 123: AparenteMENTE está tudo bem?

sábado, outubro 27, 2012 0 Comments A+ a-


De vez em quando tenho aquela sem(s)ação que a minha mente é muito aberta e que estou totalmente tranquila com o que me dizem e com aquilo que se passa à minha volta. Esta "sou eu" na maré alta. No entanto, rapidamente dou por mim a quebrar esta suposta paz da mente com dúvidas e conflitos com os outros. São deterMINAdos pontos que, quando alguém lhes toca, eu reajo como uma MINA a explodir em várias direções.
Apercebi-me hoje que esta ideia de tranquilidade na mente é um mecanismo de associado ao sucesso e à ideia que completei as minhas tarefas do dia - "está tudo bem" - Isto significa que quando não completo as tarefas do dia eu julgo-me como estando a falhar e este julgamento dispara em pensamentos de abuso próprio e de auto-punição / castigos, que são depois projectados nas interpretações que faço daquilo que os outros me dizem.
O principal ponto a ver neste momento é a minha permissão em aceitar este "estado tranquilo da mente" como real, quando na realidade estes pensamentos são a minha participação através do ego (mente). Mais uma vez, esta é um mecanismo da mente de manter as coisas como elas estão porque, aparentemente (e segundo a mente) "está tudo bem". Se estivesse tudo REALMENTE bem então não haveriam dúvidas, nem marés altas, nem marés baixas, nem projeções, nem necessidade para interpretações.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar no pensa-mente que "está tudo bem", quando eu sei que este pensamento é baseado na condicionalidade de ter acabado a tarefa, ou de ter o "meu mundo" arrumado, sem com isto ver que estou a criar a polaridade de "está tudo mal"/"nada bate certo" quando a outra condição de deixar tarefas por fazer se manifesta.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que a mente/emoções/sensações são Eu, sem ver que a minha experiência até agora tem sido de altos e baixos o que é a prova que a Vida não está na mente e que, enquanto eu existir como mente, eu estou a mentir a mim própria e a cobrir-me de camadas que suprimem a minha expressão incondicional.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido fazer as coisas sob a condição de me sentir completa ao terminá-las, em vez de estar em plena satisfação enquanto eu as faço.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que eu estou estável só porque na minha mente eu tenho a sensação que estou estável, sem me aperceber que estou a criar uma armadilha para mim própria pois no momento seguinte, se a imagem da minha realidade não corresponde à imagem de perfeição da mente, então eu vou julgar esse momento como instável e, assim, reagir de acordo com este "estado da mente" de instabilidade.

Quando e assim que eu me vejo a participar na conversa da mente que "as coisas batem certo"  e acreditar que este pensamento é real, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que este pensamento serve para momentaneamente  eu me sentir bem comigo própria e orgulhosa daquilo que eu faço o que, de facto, estou a justificar a minha existência como instável. Em senso comum eu vejo que ao acreditar que neste momento eu sou superior, estou igualmente a aceitar que no momento anterior eu era inferior!

Quando e assim que eu me vejo a julgar e interpretar a minha realidade como não estando de acordo com a minha ideia de perfeição e expectativas com base na sensação anterior de estabilidade, eu páro e respiro. Nesse momento, eu apercebo-me que é da minha responsabilidade ser estável em mim incondicionalmente e, ao estar presente na minha respiração, eu estou a trazer-me "à tona" e a estabilizar-me realmente.

Quando e assim que eu me vejo a interpretar aquilo que me dizem como estando fora da minha imagem de que "está tudo bem" e, com base nesta interpretação eu começo a reagir, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que a imagem do que é "estar tudo bem" é baseada em completo interesse-próprio porque estou apenas a considerar o meu desejo por "sentir" que está tudo aparente-mente bem comigo,  em vez de ver aquilo que é o melhor para todos naquele momento. Em senso comum eu apercebo-me que a sensação de "estar tudo bem" ou que as coisas "batem certo" é irrelevante para eu agir em honestidade própria. Em honestidade própria, a minha ação é incondicional, sem ideias de certo ou errado, sem motivação de imagens nem energias negativas ou positivas, nem auto-sabotar a minha comunicação comigo e com os outros. Logo, eu comprometo-me a parar de participar na mente do interesse-próprio e a sair desta "bolha de ideias" sobre como as coisas têm de ser  para de facto estar aberta a criara minha estabilidade como Vida, a aperfeiçoar quem eu sou e como eu ajo comigo e com os outros, um e iguais a mim.