Dia 2 - Saber relaxar / o padrão da "falta de tempo"

domingo, abril 15, 2012 0 Comments A+ a-


Apercebo-me que estou em constante agitação, tanto nos meus movimentos como na velocidades dos meus pensamentos e imagens da mente. Esta agitação mostra-me que ainda não estou alinhada com a minha respiração - o tempo de inspirar e expirar - largar o passado e começar a cada momento.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido distrair-me do meu respirar e acelerar os meus movimentos ao ritmo confuso da mente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido fechar-me "no meu mundo de preocupação" ao pensar que não vou ter tempo de fazer  tudo o que é suposto eu fazer esta noite, em vez de me auto-ajudar a estabilizar e a ser eficaz na minha acção/planeamento prático.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido habituar ao modo acelerado de andar, comer, falar, expressar e escrever, em vez de ser completa na minha expressão e na minha acção, sem o constante peso de que não tenho tempo suficiente.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ser disciplinada comigo própria em relação ao tempo disponível e evitar planear fazer mais coisas do que aquilo que o tempo real permite. Isto só mostra que a minha noção do tempo na mente é separada do tempo real.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido projectar este stress nas pessoas à minha volta e culpá-las por ocuparem o "meu" tempo. Eu apercebo-me que é da minha responsabilidade gerir o tempo que tenho de acordo com as coisas que há a fazer e direccionar a minha acção em clara comunicação com os outros.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido definir-me como quem ajuda todos e que nunca tem tempo para as suas coisas.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na ideia que deixo sempre as minhas tarefas "para a última", o que mostra que eu estou a criar estas situações para mim deliberadamente.
Eu perdoo-me por me permitir e aceitar pôr o meu descanso corporal para "depois", em vez de dar a mim própria o conforto e descanso que o meu corpo requer.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido confiar que sou capaz de cumprir as minhas tarefas durante o dia e cumprir esta decisão, em vez de me acomodar à ideia que as irei fazer à noite.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ficar stressada e nervosa ao reparar que já é tarde e que ainda nem sequer comecei o que tenho de fazer. Não faz sentido reagir com as horas - eu ajudo-me a mudar a noção do tempo e a organizar-me durante o dia para evitar querer fazer tudo à noite.

Ao reparar nos padrões de stress e preocupação em relação às horas, apercebo-me que tenho de mudar a minha relação com o tempo - em vez de estar contra mim, o tempo é na realidade um apoio para me auto-aperfeiçoar e me tornar mais eficaz.

Quando e assim que eu me vejo deixar para depois o descanso do corpo, eu páro e respiro. Apercebo-me que o corpo é a minha plataforma de estabilidade e que é da minha responsabilidade garantir que dou estabilidade a mim própria todos os dias.
Quando e assim que vejo participar em tensão corporal, eu páro e respiro. Ao respirar, permito-me relaxar e sair da mente de preocupação/tensão/stress - todas estas fricções energéticas são de facto distracções para a minha estabilidade e não são expressões de Vida.

Quando e assim que eu me vejo a participar em stress com base nas coisas que eu penso que tenho de fazer, eu páro e respiro. Desta maneira, páro de sabotar a minha aplicação e dedico-me a organizar o tempo da melhor maneira possível.

Quando e assim que eu me apercebo estar a andar ou a agir aceleradamente, eu páro e respiro. Recomeço a andar, desta vez ciente de cada passo e de cada movimento, relaxo os membros e descontraio - páro de contrair a mente e dou espaço e tempo à expressão corporal.