DIA 12 - Quando criamos o nosso próprio medo

domingo, abril 29, 2012 0 Comments A+ a-


O que fazer quando as imagens da mente tomam conta daquilo que vemos e quando as imagens são tão reais que o medo no corpo se torna real?

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que as imagens da minha mente sobre o futuro são reais, quando na realidade só existem na mente e não estão aqui a não ser que eu as crie.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido tomar uma decisão com base em imagens da mente/projecções/medos que eu própria criei em vez de estar ciente do que realmente se passa à minha volta e decidir com base em senso comum. Apercebo-me que eu sou responsável pelo ciclo de medo que gero dentro de mim e que ao parar de participar em imagens estou também a parar a energia do medo.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ser influenciada pelas imagens da mente e permitir ser controlada pelo medo das imagens que eu própria criei.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido parar de participar em imagens de abuso e que não respeitam a vida que Eu sou.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido alimentar a sensação de insegurança que se manifesta na área do estômago, em vez de me ajudar a estabilizar com a minha própria respiração e devolver-me a confiança. O corpo é real, a mente é a minha invenção.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ficar obcecada com os pensamentos e imagens da minha mente que me cegam e assim eu própria me fecho do mundo e separo-me desta realidade e do meu corpo. Apercebo-me que a energia que sinto na área do estômago é energia da mente e que foi gerada através do medo -- logo, eu apercebo-me que o medo é prejudicial para mim e que estas descargas de energia desgastam-me.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que as imagens do futuro são baseadas no passado e naquilo que os meus olhos/mente conhece - assim, eu páro, respiro e dedico-me a criar a minha acção aqui que não seja baseada no passado (ciclo). Apercebo-me que ao parar a mente, eu dou-me a possibilidade de criar uma nova realidade para mim na qual eu me comprometo a que seja o melhor para mim e para os outros. Eu tomo responsabilidade pela mudança que quero ver à minha volta ao parar de participar na mente (passado).
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ficar desorientada quando as coisas não acontecem como eu tinha previsto na minha mente - apercebo-me que o que eu previ não era real e que as imagens da mente são uma limitação.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar de tal forma no medo que petrifico a minha acção. Ao permitir que a mente/medos/imagens dominem, eu estou a abdicar da minha presença aqui.
Eu perdoo-me por me ter aceite esquecer-me de mim enquanto criadora do meu presente mas permitir criar dor  ao participar na mente - a mente funciona como um espelho daquilo que eu tenho permitido e aceite até então (os padrões). Eu comprometo-me a mudar o meu reflexo, o que resultará mudar a minha participação nesta realidade.

Quando e assim que eu me vejo participar nas imagens da mente, eu páro, respiro e perdoo-me pelo que tenho aceite e permitido até agora como sendo eu a existir em medo. Realizo que tudo o que eu conheço de mim é a mente e acumulação de imagens ao longo do tempo. Somente ao parar de participar/acreditar/fomentar as imagens na mente serei capaz de me recriar como um exemplo que seja o melhor de mim/para mim e para os outros.
Quando e assim que eu me vejo a ficar nervosa e a tremer, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que as imagens da mente são baseadas em energia e que essa energia se manifesta na área do estômago. Eu liberto-me desta energia ao respirar e ao manter-me estável no meu corpo. Eu dou tempo a mim própria para perceber de onde o medo/energia vem e perdoo as memórias/imagens que surgem. Ao ver o estado de ansiedade em que o meu corpo se encontra eu percebo claramente que o medo não me é benéfico e que de facto limita a minha expressão.
Quando e assim que eu pensar que é difícil parar os pensamentos, eu digo em voz alta "eu páro" e respiro. Realizo que a minha mente levou muitos anos a estabelecer-se e que eu me habituei a estes padrões como sendo eu. Agora neste processo tenho também de ter paciência comigo própria e dar-me tempo para resolver um ponto de cada vez até ficar claro para mim que sou capaz de parar o padrão em mim. Assim, quando o medo baseado na insegurança surge, eu páro, respiro e devolvo-me a confiança aqui. Este é o processo em que eu me comprometo a decidir  quem eu sou enquanto Vida, definida através da minha própria vontade em ser aquilo que reflecte um resultado que é o melhor para tudo o que é vida.
Todos os pensamentos/imagens/ideias são para ser desconstruídas porque todos eles (quer positivos ou negativos) limitam a minha acção para algo fora desses padrões. Eu realizo que quem eu sou não é limitado por padrões.
Eu comprometo-me a confiar nas minhas palavras e no meu processo de auto-correcção e recriar-a-ação.