DIA 207: Ser-se o nosso próprio Desmancha Prazeres...

quinta-feira, maio 16, 2013 0 Comments A+ a-


Provavelmente este padrão é comum a muitas pessoas mas foi a primeira vez que escrevi sobre isto: refiro-me por exemplo ao padrão de pôr o despertador para uma certa hora, planear a minha manhã mas de manhã "sou outra pessoa" e acabo por não fazer nem metade do planeado e ainda por cima atraso-me. Pergunto-me: - Como é que eu posso confiar em mim própria se eu sou a minha desmancha prazeres?
Quantos de nós não diz ao seu parceiro que iremos fazer sexo à noite e quando a noite chega o cansaço instala-se primeiro e lá se foi o momento de intimidade?
E será que também tiveste aquela experiência de pensar que está tudo "sobre rodas" e nesse momento algo descarrila?
Tomando o primeiro exemplo, esta manhã acordei, olhei para o despertador e fiquei admirada por tê-lo posto para tão cedo! E pensei: vou ter imenso tempo para mim! No espaço de segundos, a minha mente criou um plano alternativo "às escondidas" e, em completo interesse-próprio, fiquei na cama mais tempo até chegar ao limite - como se só me movesse sob a ameaça/imaginação de chegar atrasada ou sob o stress que crio com esta projeção.
Porque é que eu não me levantei assim que vi as horas esta manhã? Porque é que eu não confiei na minha decisão tomada na noite anterior? Porque é que eu não me permito ser a minha própria motivação e direção? Que conforto é que eu associo à cama que não me estou a dar a mim própria quando estou fora da cama?
Quando anteriormente escrevi que tinha criado um plano na mente em completo interesse-próprio refiro-me ao facto de esperar pelo stress da sobrevivência parame impulsionar, e como se quisesse usar uma desculpa ou culpar a "falta de tempo" ou "o tempo pasas muto rápido" e depois esperar que tudo e todos sejam mais rápidos. Surge então a falta de paciência com as outras pessoas, o mau humor e a imperfeição por fazer as coisas à pressa.
Desta vez, não vou permitir que este padrão me passe ao lado porque eu sei que é a mim que me estou a prejudicar.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar e pensar que eu tenho o padrão da falta de pontualidade porque fui habituada a chegar tarde aos sitios, sem ver que eu estou a justificar o padrão como se fosse normal copiar os padrões que eu vi durante a minha infância.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido desprezar este padrão e acreditar que o objectivo final é ser pontual, quando afinal ser-se pontual é o resultado de uma série de passos que eu tenho de dar para garantir que cumpro as horas.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que a pontualidade é o resultado da minha performance num dado intervalo de tempo e com base naquilo que é acordado com a outra pessoa. Por isso, eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido acordar comigo própria ACORDAR de manhã com o primeiro toque do despertador.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido levar a sério os meus próprio acordos e planos e por isso julgar-me como "secundária" porque acredito que "no futuro" irei ser pontual, em vez de considerar que o meu processo de mudança é primário/principal neste/a cada momento de cada respiração.
Eu vejo que este padrão é automatizado e que implica uma mudança regular e disciplinada de hábitos.

Por isso, quando e assim que eu me vejo a culpar a minha experiência do passado com base na ideia que "posso ficar mais um bocadinho na cama", eu páro e respiro. Eu apercebo-me que esta memória de conforto não é real e que é uma manipulação que eu estou a fazer comigo própria, porque "esses minutos a mais na cama" ("desconto") vão apenas ter consequências que eu terei de enfrentar.
Quando e assim que eu me vejo a ter medo de escrever sobre o ponto da pontualidade, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que este resistência da mente para escrever é realmente o medo de ser responsável pela minha mudança e perceber que não posso ignorar este ponto de procrastinação matinal.
Eu comprometo-me a escrever na noite anterior o perdão-próprio caso eu vejo que estou a criar planos paralelos da mente sobre a possibilidade de ficar "mais um bocadinho na cama" de manhã.
Quando e assim que eu me vejo a rejeitar o telemovel de manhã como se rejeitásse a minha decisão na noite anterior, eu páro a mente e respiro. Ao estar ciente de mim, eu permito-me tomar a decisão de VIVER a decisão tomada. Eu apercebo-me que decidir acordar cedo implica estar ciente do meu corpo físico e realmente movimentar-me para me levantar.
Quando e assim que eu me vejo a ter resistências com pensamentos que "se calhar a reunião é cancelada", ou "só mais 5 min", ou "ontem deitei-me muito tarde", eu páro o pensamento e respiro. Eu realizo que estes pensamentos não são reais mas que são ideias para justificar a mente preguiçosa e desmanchar o meu prazer de acordar cedo e ter tempo para mim de manhã, tomar o pequeno almoço com calma, escrever um bocadinho e ir com calma para um dia longo de trabalho, sem criar a consequência de frustração pessoal, impaciência ou stress comigo nem com o mundo à minha volta.
Finalmente, quando e assim que eu me vejo a ter o pensamento que "já ontem cheguei tarde, mais um dia não vai ter problema" ou a aceitar a procrastinação comoo sendo a norma, eu páro e respiro. Começo então a ver estes "desleixos" como um indicador de como eu estou a desleixar-me do meu compromisso comigo própria de me recriar como ser humano, como Vida, como corpo físico. Ao ver este indicador, eu posso então auto-investigar a origem do desleixo e tomar a decisão de parar a polaridade de imaginar/planear uma coisa e depois fazer o contrário. Eu realizo que depende de mim praticar a minha confiança e recriar uma rotina que seja estável para eu dar atenção aos padrões da mente e dar-me tempo/a oportunidade para me corrigir.