DIA 214: Chorar é um automatismo da mente

quarta-feira, maio 29, 2013 0 Comments A+ a-



Foi fascinante ver a emoção que surgiu nas primeiras vezes em que eu falei do quisto e como começava a chorar automaticamente. Passado alguns dias, consigo ver que se trata de uma energia da mente e que deve-se ao valor e à imagem que eu associo a uma situação como esta, em que a minha mente me mostra o pior cenário possível e eu acredito na mente como sendo real.
Apercebo-me também da "sorte" que tenho de estar a passar por esta experiência com o suporte do grupo do Desteni e do perdão-próprio, cuja escrita e cursos já desenvolvo há quase quatro anos, e com a qual que eu crio a minha estabilidade em plena auto-confiança para lidar com a mente de preocupações, Mais do que nunca apercebo-me e sinto na pele as consequências de alimentar a energia da mente e, assim, desprezar e desrespeitar o meu corpo. 

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar no sistema da mente da emoção de cada vez que falo sobre a experiência de ter um quisto no peito.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido emocionar-me com base numa associação da mente que não é real porque as imagens/imaginação da mente não são reais.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido saltar para a mente da imaginação e assim desprezar por completo a minha respiração/presença aqui que é de facto aquilo que eu realmente sou e aquilo que me apoia a qualquer momento.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido parar a energia da emoção porque penso ser comum chorar-se nestas situação e expressar-se o medo (que é o medo da morte), sem ver que com isso eu me estou a separar de mim e estou a alimentar a paranóia da mente que não é real.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido olhar para o quisto como sendo aquilo que é, sem mais nem menos, sem imaginações nem projecções de um futuro baseado nas experiências das outras pessoas. Eu apercebo-me que não tenho de recriar o passado/vida dos outros em mim!!

Quando e assim que eu me vejo a participar na emoção/energia da mente quando falo da minha experiência do quisto e da biopsia, eu páro e respiro. Eu re-educo-me para recriar a minha estabilidade em qualquer situação e a não permitir que informação/imagens da mente tomem conta de mim!

Quando e assim que eu me vejo a associar a frase “quisto no peito” com a ideia de mim como uma vítima de cancro, eu paro a mente de associações e respiro. Eu comprometo-me a parar os PENSAMENTOS da minha mente, cuja direção é contra a vida que Eu sou, e dedico-me a recriar a minha relação com as palavras, sem a polaridade negativa ou positiva. Eu apercebo-me que quanto mais cedo eu parar este hábito de pensar e criar cenários de futuro na mente, mais eficaz eu serei no meu dia-a-dia, em que me foco naquilo que está aqui e garanto confiar em mim própria para resolver qualquer assunto/situação que surja na minha realidade.

Quando e assim que eu me vejo a entrar em pânico mental quando imagino alguém a dizer-me que tem más notícias dos meus resultados, eu paro e respiro. Eu estou ciente que este pensamento foi uma criação minha mas que não me ajuda a estar estável e, portanto, eu posso/devo/responsabilizar-me por parar os pensamentos/sistema de medo de modo a recriar uma relação de estabilidade na minha comunicação comigo e com os outros. Eu comprometo-me a estar estável a lidar com a minha realidade que é um espelho daquilo que eu permito em/para mim.


Em vez de continuar a participar na mente que não é o melhor para mim, eu dedico-me a parar os pensamentos e imagens da mente de modo a não permitir os pensamentos/emoções automáticas intervir na minha realidade. Foco-me então nas palavras que eu comunico e ajudo-me através da minha presença física aqui e respiração, a ser/viver estável como as palavras.