DIA 225: Compromisso VS Medo de Falhar

domingo, junho 23, 2013 0 Comments A+ a-


Sugiro que se leia o meu blog anterior, onde eu descrevo várias realizações pessoais sobre o padrão da procrastinação que se manifesta quando eu estou perante o medo de falhar. Ultimamente tenho-me apercebido que o medo de falhar funciona como uma energia motivadora, com efeito de auto-controle. Ou seja, ao participar no medo de falhar, eu tenho andado a suprimir a minha expressão e a excluir soluções criativas para que eu consiga resolver os meus padrões na minha mente. Em vez disso, tenho ficado entretida com a ideia de como as coisas deviam ser sem realmente mudar a maneira como eu penso e faço as coisas -  isto chamo o Processo de Aperfeiçoamento e é este o meu compromisso de vida.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido usar o pensamento/ideia/medo de falhar sobre aquilo que eu estou actualmente empenhada em fazer, sem me aperceber que eu estou deliberadamente a comprometer o meu compromisso inicial e a sabotar a minha própria ação, visto que ainda permito que a minha mente de medo me dê direção.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido criar o meu próprio cenário de falhar na vida  e por isso, eu perdoo-me por me ter aceite e permitido tomar a decisão de falhar em mim e assim ignorar/desprezar qualquer potencial de Vida em mim.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar no pensamento de falhar como sendo real. Eu apercebo-me que este pensamento é alimentado pela imagem na minha mente de alguém insatisfeito com aquilo que eu fiz no meu trabalho. Apercebo-me que esta projeção no outro é um indicador do meu mecanismo de auto-avaliação punidor através do qual eu própria me suprimo e me limito.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na mente com total submissão e criando possibilidades das "coisas que podem falhar" e, perante esta medonha experiência de potencial vergonha e medo, eu perdoo-me por me permitir e aceitar participar na petrificação física de "não saber o que fazer".

Quando e assim que eu me vejo a entrar na paranoia da mente do medo de falhar, do medo de ser avaliada negativamente ou de me sentir envergonhada por falhar, eu páro e respiro. Eu determino-me a escrever sobre os medos que estão a minar e a influenciar a minha ação física e escrevo também sobre o meu objectivo e direção naquele projecto/trabalho específico.
Quando e assim que eu me vejo a usar memórias em que por ventura falhei um objectivo específico, eu páro e respiro. Ajudo-me a perceber o padrão por trás dessa memória em vez de levar a memória a peito, e eu comprometo-me a não usar experiências do passado para justificar os medos manifestados no presente. Em vez disso, eu tomo esta oportunidade para resolver esse medo específico, através da escrita, do perdão próprio, da minha self-awareness e da minha correção em tempo real.
Eu comprometo-me a alinhar a minha ação com os objectivo e com a minha decisão inicial de realizar o trabalho e comprometo-me garantir que não uso desculpas como um mecanismo de defesa e de proteção da mente. Eu apercebo-me que não sou esta mente de ideias sobre mim própria: estas ideias foram criadas ao longo dos anos com base em experiências que foram transformadas em memórias e manipuladas segundo o meu programa mental de auto-julgamento, auto-destruição e de auto-desistência. Em vez de "lutar" com estas imagens da mente e fazer o oposto daquilo que a mente me mostra (apercebo-me que seria ainda sob o efeito da "crença na mente"), eu páro e respiro.

Eu tomo a decisão que as minhas ações são baseadas naquilo que é o melhor para mim no momento específico em que eu me encontro e naquilo que é melhor para mim para a minha estabilidade física. Por isso, em vez de participar imediatamente na mente, eu dou-me tempo físico para realizar quais são os padrões mentais a "assaltarem" a minha vida, para me ajudar a parar a influência do meu programa mental e, assim, passo a passo recrio a minha mente, desta vez em plena responsabilidade e sob os princípios e auto-respeito e de desenvolver-me nos princípios da Vida em unidade e igualdade neste mundo físico.