DIA 221: Mais vale Agora do que Nunca - já é altura de Acertar

sexta-feira, junho 14, 2013 0 Comments A+ a-

A acumulação do processo é uma coisa fascinante - pôr em prática os meus próprios compromissos de ultrapassar as limitações que, ao longo do tempo, tenho imposto em mim própria. São coisas que já estão inconscientes e só as vejo quando puxo por mim para me questionar PORQUE é que eu penso, ajo ou não ajo de determinada maneira - ou seja, ao ir além da fase dos julgamentos próprios, estou agora a avançar para o nível de investigar COMO é que eu posso melhorar a minha experiência comigo própria.
Para quem está a começar o Processo de escrita diária, o Processo de se estar ciente da respiração e de se tomar responsabilidade pelos pensamentos que permitimos em nós próprios, provavelmente não irá ver efeitos imediatos porque não é uma questão de magia. Poderá haver momentos em que se parece voltar à estaca zero mas isso é uma sabotagem da mente: o Processo é mesmo real e, tal como em tudo, requer prática.

Hoje enfrentei um ponto que já tinha visitado no passado mas desta vez puxei ainda mais por mim para ultrapassar a resistência de  que eu estava a ter em relação a confiar no outro. Mais uma vez visitei também o ponto de querer fazer "à minha maneira" mas desta vez, no lugar de me agarrar à ideia e ao desejo de fazer à minha maneira, decidi fazê-lo. Mas ao fazer à minha maneira, foi como se não houvesse prazer e afinal esta era apenas uma imagem. Nesse momento foi como se risse comigo própria, do estilo: "que teimosia inconsciente que andava para aqui a incomodar-me! Não vale a pena manter este desejo. Vamos lá libertar esta imagem", e foi então que aceitei a maneira do outro de fazer a tarefa - e afinal assim fazia mais sentido. Apercebi-me então que era a minha responsabilidade participar também na maneira do outro e criar AQUELA ação em conjunto porque estávamos ambos a participar naquele momento em igualdade! 

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido manter em mim ideias e imagens de como as coisas "deviam ser" ou como é que eu faria "à minha maneira" quando afinal vejo que, se a minha maneira resultasse, então esta não seria mais uma ideia mas passava a ser a minha prática constante.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido distrair-me com os desejos/teorias/ideias da mente, em vez de realmente me ocupar em pôr as minha ideias e soluções em prática na minha vida, testar e ver se resulta; se não resultar, começo o processo de me corrigir. Eu apercebo-me que ficar na corda-bamba é desonesto comigo própria e é uma auto-sabotagem porque não me permito criar confiança em mim própria, na minha decisão de aplicar soluções na minha realidade e de me aperfeiçoar gradualmente na minha relação comigo própria e com os outros.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido continuar a fazer coisas "à minha maneira" apesar desta maneira nem sempre ser o melhor para mim e que, portanto, trata-se do ego e de uma resistência a mudar/a aprender/a praticar.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido culpar o outro por não me ensinar como "devia ser" (de acordo com a minha ideia de como as coisas deviam ser).
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido tomar responsabilidade por mudar a minha atitude naquela ação e por aproveitar cada momento como uma oportunidade de me aplicar no meu processo e de criar estabilidade nas minhas ações. Eu apercebo-me que a imprevisibilidade sobre conseguir ou não conseguir é um reflexo da relação que eu estabeleci com essa ação (por exemplo a minha relação com a culinária e com o sexo).
Como é que eu corrijo a imprevisibilidade das minhas ações? Primeiro ao parar a mente das memórias, parar o medo de falhar, parar de pensar que ainda não consigo corrigir-me ou que não estou preparada. EU realizo que o meu Processo depende única e exclusivamente de mim, por isso em vez de confiar nos meus pensamentos, eu passo a confiar na minha respiração e a empenhar-me fisicamente para aperfeiçoar as minhas ações.

Eu comprometo-me a auto-ajudar-me com regularidade, compromisso e eficácia no meu Processo. EU apercebo-me que por muitas conversas que eu tenha com outras pessoas, no fundo tem a ver com a minha força de vontade, dedicação e persistência em aplicar a minha correção nas coisas que eu faço/digo.
Quando e assim que eu me vejo a desejar continuar a fazer as coisas à minha maneira embora eu veja não ser a mais eficaz, eu páro esta ideia de como as coisas deviam ser e respiro. Eu apercebo-me que ter ideias na mente é inútil e uma perda de tempo - eu comprometo-me a aplicar as soluções no meu dia-a-dia, a testar as soluções. Quando e assim que eu me vejo a interpretar os comentários de outra pessoa como sendo um sermão, eu páro e respiro. Eu permito-me a não levar a correção como sendo uma ofensa. Em vez disso, eu páro de participar no padrão da culpa e ajudo-me simplesmente a tomar responsabilidade por mudar a minha relação naquela circunstância. Até lá, apercebo-me que cada correção funciona como recompensa por parar e mudar.
Eu comprometo-me a ter paciência comigo própria e a praticar o ponto de confiar no meu processo de correção!

Quando e assim que eu me vejo a pensar que o processo de correção é demorado, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que este ponto de partida define e limita logo à partida que eu sou demorada a corrigir-me. Por isso, quando e assim que eu me vejo a assumir as minhas ideias/julgamentos como sendo uma verdade inquestionável, eu páro e respiro e ajudo-me a trazer o ponto para mim própria e ver onde é que eu estou a definir/limitar a minha aplicação prática. Eu apercebo-me que depende somente de mim  estar focada no meu processo, estar disposta a ouvir soluções que eu posso aplicar na minha vida e passar para o "nível seguinte" da correção prática. Apercebo-me também que o Ego por trás da resistência para sair de um padrão só se mantém se eu continuar a alimentar o Ego da raão mesmo depois de perceber que é a mim que a resistência da mente prejudica. Finalmente, realizo que ser e fazer as coisas em honestidade própria é ser e fazer as coisas em senso comum, como aquilo que é o melhor para mim = todos.

Ilustração: Marlen De Vargas Del Razo, Day 258: Vampires in the Soul of Sacred Geometry - ADC - Part 105 http://creationsjourneytolife.blogspot.com/2012/12/day-258-vampires-in-soul-of-sacred.html