DIA 198: O que eu permito acumular em mim

sexta-feira, abril 12, 2013 1 Comments A+ a-


Hoje vi/enfrentei a consequência de manter o backchat da mente activo, ou seja, alimentar as conversas internas da mente que se acumulam em relação a algo ou a alguém e, sem me dar conta, começaram a ser trazidas cá para fora. Revi-me numa situação de "fazer queixinhas", como se tivesse acumulado uma série de experiências e naquele momento estava a contar o meu ponto de vista. O caso em questão é irrelevante porque isto passa-se entre amigos, familiares, casais, conhecidos, colegas e até mesmo desconhecidos. Depois de ter falado com o meu colega sobre a situação que eu andava a acumular em mim, apercebi-me que se tratava de falar nas costas do outro e senti vergonha. É incrivel como a mente passa da polaridade de controlo vs vergonha, em constante entretenimento de auto-julgamentos, em vez de ver o que se passava na minha relação comigo.

Eu pergunto-me: - Porque é que eu não escrevi sobre a situação que me estava a incomodar, para primeiro investigar por mim o problema e escrever as respostas e a solução para mim própria?
Porque é que aceito acumular o backchat em relação ao outro se na realidade é a mim que estou a dificultar o meu processo, pois estou agarrada à mente?
Escrever sobre o backchat iria ajudar-me a ver quais são os julgamentos que eu estou automaticamente a projectar no outro.

No momento em que eu trazia esta história cá para fora, apercebi-me da minha posição de vítima, como se quisesse que o outro me desse razão e me protegesse do "mauzão".
Por breves momentos eu apercebi-me que estava a seguir a mente dos julgamentos e no fim da conversa reparei que aquilo que eu tinha visto tinha sido de facto pontos que eu posso melhorar na minha relação com aquilo que eu faço, com os outros e o as minhas práticas de trabalho. Apercebo-me que não foi responsável da minha parte pôr o backchat cá para fora sem  ter primeiro investigado estes pontos em mim própria, estudar soluções e ver os padrões. E são estes os padrões que eu tenho aceite e permitido na minha vida são os padrões que têm condicionado a minha vida, caso contrário não tinha levado a peito relação com o meu colega.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ser motivada pelo desejo de atenção e por isso querer partilhar o backchat como uma vítima, em  vez de dar-me direção e recriar um plano para resolver esta relação comigo (projectada no outro).

Nisto, eu comprometo-me a escrever sobre o backchat quando eu vejo a acumular-se em mim e a perdoar os julgamentos da mente que eu ainda alimento ou acumulo em relação a algo ou alguém. Eu apercebo-me que a  minha estabilidade é incondicional e que, ao ver estes padrões através da minha relação com o outro, pode funcionar como um espelho para eu perceber as personalidades/pensamentos/ideias que eu permiti acumular em mim e que portanto eu sou responsável por corrigir em mim.

1 comments:

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Anónimo
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segunda-feira, 29 abril, 2013 delete

Ola Joana. Pois e', no fundo, quando algo nos faz confusao no outro, e' porque nos identificamos com ele, nos espelhamos, e aquilo que vemos nele das duas uma: ou e' algo que nao temos e queriamos muito, ou e' algo que temos e nao gostamos , e como somos muito orgulhosos para nos criticarmos a nos mesmos, criticamos o outro. E' mais facil, e penso que inconscientemente o fazemos porque e' o "normal" desta sociedade. Fortes sao aqueles que conseguem olhar pra eles mesmos em vez de olharem os outros... Mesmo depois de terem criticado, ao menos aperceberam-se que estavam mais uma vez a entrar nessa onda de falar mal do outro... Enfim, o ser humano e mesmo assim, e infelizmente a maior parte das pessoas anda "cega" como eu costumo dizer, e prefere viver de acordo com estes padroes "normais" de falar do outro, em vez de lutar por ele mesmo (o que traz o real bem estar inferior). Eu falo por mim que muitas vezes me deixo levar por essa onda, mesmo sabendo que so estou a tapar o sol com a peneira, e que tenho de uma vez por todas parar e refletir sobre mim e nao sobre os outros...Mais uma vez parabens Joana, admiro muito este teu "trabalho" :) Ana Claudia Faria

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