DIA 185: As projeções que vão e voltam...

quinta-feira, março 14, 2013 0 Comments A+ a-



Vejamos: crio uma imagem de mim numa certa situação - noutras palavras, crio um julgamento sobre a minha atitude naquele momento e penso que a pessoa com quem eu estou a falar está a ter esse julgamento sobre mim. Ontem apercebi-me então que esta projeção é como um boomerang: o julgamento sai de mim em direção ao outro, instala-se a ideia que é o outro a julgar-me e este julgamento volta para mim, por exemplo em forma de vergonha ou arrependimento (e o pensamento de que devia ter agido de outra maneira).  Vejo que ao investigar este ponto comecei claramente a trazer os pontos para mim própria e a ver aquilo que eu permito passar-se em mim (ideias de mim própria acumuladas ao longo do tempo).

Aquilo que até agora me estava a escapar era esta estrutura de como os julgamentos/projeções funcionam - e tive uma resistência para realmente ver isto. 
Em relação aos próximos passos, primeiro tiro a outra pessoa desta equação - os julgamentos de mim própria não têm nada a ver com o outro e afinal a pessoa com quem eu falava apenas me ajudou a ver isto. Cada um de nós está cercado pela nossa mente de preocupações, agendas, medos, resistência e crenças por isso não vale a pena procurar desculpas para cobrir aquilo que só eu posso entender e resolver por mim: a minha mente, aquilo que eu aceito e permito em mim e naquilo que eu aceito participar na minha realidade.

Por isso, participar no boomerang da mente é uma escolha que até agora tenho visto como uma obrigação do "tenho de seguir este pensamento" ou "este julgamento é real", em vez de olhar para o espelho das projeções, ver-Me e perceber onde é que eu estou a complicar a minha vida e realmente a prejudicar a minha estabilidade.  O passo que se segue é a ser brutalmente honesta comigo própria e enfrentar os julgamentos/pensamentos com especificidade e começar a parar de cair nestes vicíos/energia da mente, que tal como um boomerang, vão e vêm até serem parados para não mais serem lançados. 

Ilustração: Sem dúvida, este boomerang nas nossas mentes não é um salva-vidas.