Dia 170: Está tudo invertido - é tempo de abrandar

segunda-feira, fevereiro 04, 2013 0 Comments A+ a-


Quando e assim que eu me vejo reagir, eu páro e respiro. Porquê? Porque já sei onde é que a reação vai dar e não é essa a direção que quero tomar.
Reparo que a reação é cada vez mais forte mas a minha vontade e dedicação de lidar com a mente também. É tempo de abrandar a mente e ver aquilo que tenho ignorado - os diálogos mentais, as imagens, a imaginação, as projecções, os pensamentos e as projecções. Ultimamente tenho escrito mais regularmente o que me tem ambém ajudado a abrandar porque as minhas mãos não escrevem à velocidade da mente - eu escrevo tão rápido quanto o meu corpo permite e é através/como o meu corpo que eu existe em estabilidade própria.

É tempo de abrandar o desejo de estar noutro lugar - associo este padrão à minha vontade de ir para sítios novos que eu penso serem melhores, embora um ponto chave é a realização que, para onde quer que eu vá, levo-me sempre comigo. Por isso neste momento eu vou focar-me em estar bem comigo própria e a realmente ajudar-me a criar as condições para me aplicar na minha escrita, na minha direção, na minha expansão no processo, no trabalho, nas causas sociais, na informação alternativa e focar-me em mim. Ao abrandar a mente é então possível ver a origem dos julgamentos, a origem dos medos, a origem dos vícios, a origem das projeções; ao abrandar a mente é possível ver-se as soluções práticas para mim e para o mundo à minha volta e, curiosamente, estas soluções estão sempre aqui à espera de serem vividas. Ao abrandar, eu dou-me a possibilidade de me auto-corrigir e de não me permitir cair nas armadilhas da mente.

AbranDar não é passividade. É Dar-se tempo a si mesmo para Viver aqui.
Lembrei-me agora do dito "devagar se vai ao longe" e até agora nunca me havia questionado para onde é que eu quero ir? Com quem é que eu estou a competir? Para quê? Um coração com batimentos estáveis permite um caminhar mais consistente, enquanto que uma vida com constantes reações é um contante pára-arranca sem direção.
Apercebo-me agora que o tempo do processo é irrelevante - e que o tempo da minha aplicação não corresponde ao tempo da mente em que me imagino a mudar!--  simplesmente não funciona querer enganar-me a mim própria.
Por isso, a frustração de querer ir mais rápido ou de me aperceber das coisas mais rapidamente do que aquilo que estou a fazer não é real nem válido. Vejo então que a minha aplicação no processo em Ser/Viver a mudança física é o meu indicador do meu progresso a aplicar as minhas realizações no meu dia-a-dia. E é nesta aplicação no meu processo que eu posso analisar como é que eu estou a participar num "ciclo da mente" ou se estou de facto a mudar a minha atitude/comportamento perante um padrão mental.
Quanto à competição, em igualdade e unidade, cada um de nós está ocupado com a sua própria mente e a lidar com os seus problemas, por isso a prioridade passa a ser em garantir que cada um se ajude o viver as soluções para si próprio, passo a passo, um ponto de cada vez, sempre a dar o nosso melhor para realmente mudarmos na nossa relação connosco, logo, com os outros. O ponto de partida é agora trazer os pontos para mim própria e resolvê-los em mim, em vez de projectar nos outros e disparatar em reações.

Respirar, abrandar e aproveitar para simplesmente andar/mudar os pontos aqui - não há nenhum lugar para se ir que não seja aqui. Apercebo-me que existir como Vida aqui implica não participar nas realidades paralelas da mente.